As receitas francesas são muito famosas no mundo inteiro, só de falar delas, já ficamos com água na boca!
E quando elas levam vinho no preparo? É melhor ainda…
Hoje separamos aqui pra vocês que acompanham nossos artigos aqui no blog, duas receitas francesas, muito gostosas, uma é fácil e a outra é um pouco mais difícil de preparar, mas as duas receitas levam vinho no preparo: são elas, o contrafilé grelhado ao molho tinto e o coq au vin.
Na segunda receita, você vai gastar mais tempo e mais dinheiro, e talvez também tenha de procurar um pouquinho mais para conseguir um dos ingredientes. Mas, caso decida mesmo encarar o preparo do coq au vin, continue lendo até o fim e bom apetite!
GALO
Um dos símbolos mais representativos da França, o galo fornece o ingrediente-chave do prato.
O galo ao vinho, que permanece com a nomenclatura original de coq au vin em todo o mundo, continua sendo um dos carros-chefes da gastronomia nacional.
Sua origem é a Borgonha, região muito reconhecida também pela qualidade dos vinhos tintos por ali produzidos, encorpados e de intensidade duradoura no paladar, segundo especialistas, bem na medida para combinar com a personalidade de receitas como a do galo.
No preparo mais tradicional, a receita pede duas ou três colheres, das de sopa, de sangue do galo. Por isso, se for respeitar a tradição, é melhor que providencie um galo vivo antes de deflagrar a operação na cozinha, mas acho que isso é mais complicado não acha? Então deixa pra lá!
Mas podemos fazer algumas adaptações pra te ajudar! Veja a dica!
ADAPTAÇÕES
Apesar de gerar muita polêmica, sempre que surge como opção usar o bicho original, a sugestão então é de usar a galinha no lugar do galo, já que isso se consagrou em muitos lugares, inclusive no Brasil.
Em diversas ocasiões, pode-se dispensar até o uso do sangue, uma vez que, com o tempo, muitos glutões foram abolindo a ingestão do líquido vital. Se optar por usá-lo, adicione as colheradas somente antes da fervura que finaliza o prato.
E já que uma boa receita, se bem conduzida, não recusa adaptações, por que não substituir as chalotas por cebolas adocicadas, de acidez moderada? Até porque as chalotas – échalotes – são um bulbo da Ásia Central difícil de encontrar em Mato Grosso do Sul. E vão lhe custar “os olhos da cara”.
Uma dica: aquelas cebolas menores, vendidas em redes de um quilo no supermercado ou na feira, costumam ter o sabor mais suave do que as cebolas a granel. Elas são eficazes na adaptação da receita e também custam menos.
Além de relativamente longo, por volta de duas horas, o preparo do coq au vin, como se sabe, tem o custo elevado, daí a importância de colocar a criatividade para funcionar na hora das adaptações. Só não se deve improvisar com o vinho. O uso culinário da bebida é cercado de tabus. Se o vinho for “bom”, você provavelmente vai preferir bebê-lo para justificar melhor o investimento. Se for “ruim”, você deixará seus descréditos para a receita.
CONTRAFILÉ
O ideal, para ficar no meio-termo, é um vinho de preço médio, desde que seja seco, mas não muito ácido. Os vinhos com menos tempo de barril são mais carregados na acidez, portanto, se for adquirir uma garrafa muito jovem, é válido ficar atento.
Embora o álcool da bebida evapore com facilidade, a acidez é uma característica que persiste no gosto final da receita.
O preparo do galo demanda uma garrafa inteira, ou seja, 750 ml na medida padrão. Na receita do contrafilé grelhado com molho de vinho tinto, entrecôte marchand du vin no idioma francês, a quantidade é menor, 450 ml.
O rigor na escolha do vinho, no entanto, permanece. Para compensar, o restante da receita é bem mais simples e adaptável.
Você pode, por exemplo, retirar os cogumelos sem grande prejuízo na performance de sabor do prato. E pode incluir ainda, como acompanhamento, mil folhas de batata, a exemplo da versão apresentada na imagem que ilustra essa página. Você só não deve desistir. Avance. Mãos à obra e bom apetite!
Contrafilé grelhado ao molho de vinho tinto
Ingredientes
6 porções
– 6 bifes de contrafilé de 200 gramas cada;
-1 cebola grande;
– 200 gramas de cogumelos;
– 2 colheres (sopa) de farinha de trigo;
– 450 ml de vinho tinto seco;
– 150 gramas de manteiga sem sal;
– Pimenta-do-reino;
– Sal.
Modo de Preparo:
Limpe os contrafilés, retirando toda a gordura. Derreta as gorduras em uma frigideira, em fogo baixo. Aumente o fogo e grelhe os bifes por 2 a 3 minutos de cada lado. Tempere com sal e com pimenta-do-reino. Retire-os da frigideira e reserve-os aquecidos.
Descarte os pedaços de gordura não derretidos. Adicione a cebola, picada bem fina, e deixe dourar em fogo baixo. Acrescente os cogumelos, já salteados.
Polvilhe com a farinha de trigo e misture bem. Adicione o vinho tinto e deixe que evapore um pouco, em fogo baixo, durante 15 minutos, mexendo de vez em quando. Junte aos poucos a manteiga bem gelada, sem parar de mexer. Tempere com sal e com pimenta-do-reino. Regue os bifes com o molho e sirva-os bem quentes.
Agora os ingredientes do Galo ao vinho:
Galo ao vinho (Coq au vin)
Ingredientes:
6 porções
– 1 galo;(ou uma galinha)
– 200 gramas de cogumelos;
– 12 chalotas;
– 125 gramas de toucinho magro;
– 2 dentes de alho;
– 1 colher (sopa) de conhaque;
– 1 colher (sopa) de farinha de trigo;
– 1 buquê de ervas aromáticas;
– 1 garrafa de vinho tinto seco;
– 150 gramas de manteiga;
– Azeite;
– Pimenta-do-reino;
– Sal.
Modo de Preparo:
Corte o galo em pedaços, tempere com sal e com pimenta-do-reino e deixe à parte. Misture um fio de azeite com 60 gramas de manteiga em uma panela grande.
Salteie as chalotas (descascadas e inteiras) e o toucinho (cortado em cubos) até dourarem. Retire-os da panela e frite os pedaços do galo. Reincorpore as chalotas e o toucinho. Flambe o conteúdo da panela com uma colher (sopa) de conhaque – que é aquecido antes de incendiar – e despejado sobre o guisado.
Acrescente o vinho tinto, procurando manter a fervura, incorpore o buquê de ervas e os dentes de alho esmagados e deixe ferver.
Tampe e cozinhe durante uma hora em fogo baixo. Salteie os cogumelos em lâminas com cerca de 30 gramas de manteiga. Incorpore a panela e mantenha o cozimento até que o galo esteja tenro e suculento.
Misture 60 gramas de manteiga com a farinha, dissolva em um pouco do caldo quente e acrescente o guisado. Retire a panela do fogo, corrija o sal e, antes de servir, mantenha a fervura durante 5 minutos. Voilà!
Bon Appétit!
Esperamos que tenham gostado das receitas!
Trouxemos essas receitas para vocês porque as receitas francesas fazem parte da cultura dos franceses.
Conhecendo um pouco das receitas francesas podemos nos aprofundar um pouco mais na cultura e no dia a dia deles.
Então de vez em quando, você vai ver algumas receitinhas aqui de dar água na boca, só pra te deixar com mais vontade ainda de conhecer a França…
Até o próximo blog!!
À plus tard!
Deixe um comentário