ENEM para estudar na França:

Tempo de leitura: 7 min

em Junho 21, 2022

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Como funciona?

Entrar em uma graduação em universidades europeias, utilizando a nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) no processo seletivo, pode ser uma boa maneira de realizar este sonho. O melhor exemplo é Portugal, mas também é possível utilizar o ENEM para estudar na França, entre outros países. Você não sabia? Pois é!
No Brasil, o ENEM tanto avalia o desempenho e a qualidade do ensino no país como é a principal forma de ingresso no ensino superior.
No exterior, cada país – e mesmo cada instituição de ensino – tem seus próprios processos e critérios para aceitar o exame. Neste artigo especificamente vamos falar como funciona o ENEM para estudar na França. Confira!

Como usar o ENEM para estudar na França?

Em primeiro lugar, usar o ENEM para estudar na França não significa que basta obter uma boa nota nesse exame. Os franceses são extremamente rigorosos quando o assunto é ensino, portanto veja o que mais é necessário ao planejar como fazer faculdade na França.

Vamos lá, você precisará seguir alguns passos:

-Aprovação em uma universidade brasileira

Isso mesmo. As universidades francesas exigem que o aluno tenha sido aprovado em uma universidade brasileira pública ou privada, em um curso parecido com o que ele deseja cursar na França. Portanto, ao fazer o ENEM, já é preciso ter em mente o curso ao qual vai se candidatar no Brasil, para que só depois tente uma vaga na França.
Além da nota do ENEM, é necessário ter a aprovação do SiSU (Sistema de Seleção Unificada), que é uma plataforma online do MEC que seleciona os estudantes para instituições públicas de ensino superior. Ele tem como base o desempenho do ENEM. Hoje, o SiSU é a principal forma de ingresso em cursos superiores, substituindo os tradicionais vestibulares.
Para o caso de aprovação em uma universidade particular brasileira ou alguma pública que não aceite o ENEM (como é o caso da USP), pode-se apresentar como comprovante de acesso uma declaração de admissão oficial, em um curso na mesma área de estudos que pretende ingressar na França.
O documento deve ser assinado e carimbado, informando claramente as notas obtidas e que o aluno foi aprovado no vestibular da instituição. A instituição de ensino deve ser reconhecida pelo MEC.

-Proficiência no idioma francês

Além de ter feito o ENEM e ter sido aprovado em uma universidade no Brasil, o candidato deverá comprovar que sabe falar francês ao se candidatar ao primeiro ano da Licence (como se chama a graduação lá), usando o ENEM para estudar na França.
Pode ser apresentado um atestado de proficiência TCF-DAP válido ou o resultado dos exames DELF B2, DALF C1 ou C2. Em geral, um comprovante de nível B2 já é suficiente, mas vale sempre lembrar que os critérios dependem de cada universidade.

-Bom histórico escolar

Para usar o ENEM para estudar na França, é fundamental comprovar as boas notas durante o ensino médio. O histórico escolar é outro documento importante no dossiê do estudante.
E, como já vim dizendo, cada instituição de ensino francesa tem autonomia para pedir documentos complementares além destes, para realizar sua seleção. Geralmente eles solicitam um currículo muito bem estruturado, passaporte e outros papéis. Tudo sempre traduzido por um tradutor juramentado para o Francês.
Fique atento, que normalmente em outubro ou novembro são iniciados os processos seletivos. 

Universidades da França que aceitam o ENEM

Cada universidade tem suas próprias regras, então a recomendação é verificar a informação sobre formas de acesso no site oficial de cada uma.
O acesso ao ENEM para estudar na França não é amplamente aceito, mas vale procurar entre os cursos de ciências, letras, línguas, artes, ciências humanas, saúde, esporte.
Algumas das melhores universidades francesas são:

  • Institut National des Sciences Appliquées de Lyon: aceita o ENEM em seu processo seletivo e é uma das Grands Écoles (Grandes Escolas) francesas, reconhecidas pelo alto nível de ensino. Ela forma engenheiros com abordagem multidisciplinar e foi fundada em 1957;
  • École Normale Supérieure: fundada em Paris durante a Revolução Francesa (1794), é referência mundial em ensino e pesquisa. Possui unidades em Paris, mas também Lyon e Cachan, cada qual especializada em diferentes áreas do conhecimento;
  • École Polytechnique: instituição de renome internacional na área de Engenharia, aliando qualidade de ensino à excelência em pesquisa científica e tecnológica;
  • Université Pierre et Marie Curie: também conhecida como Universidade Paris 6, é uma instituição pública fundada em 1968. Possui institutos de ensino e pesquisa de várias áreas, com destaque para Medicina;
  • Université Paris-Sud: também chamada de Universidade Paris 11, é pública e fundada em 1971. Conhecida pelas formações de alta qualidade nas áreas de Direito, Economia e Gestão e Ciências, Tecnologia e Saúde.
  • Université Paris-Saclay

Entretanto, indicamos sempre pesquisar diretamente nos sites oficiais ou até mesmo enviar um e-mail para a coordenação, para obter as informações mais atuais. E também para confirmar se o ENEM pode ser utilizado, entre os outros requisitos de avaliação para ingressar como estudante.

Quais cursos não aceitam o ENEM?

 Como antecipamos, utilizar o ENEM para estudar na França não é das tarefas mais fáceis. O importante é saber que uma série de áreas de estudos geralmente possuem processos de candidatura específicos, e nem sempre o ENEM é válido. São cursos como estes:

  • Engenharia;
  • Veterinária;
  • Enfermagem;
  • Turismo;
  • Moda;
  • Gastronomia.

Claro que, eventualmente, alguns deles podem aceitar o ENEM, mas o melhor é entrar em contato diretamente e verificar. Por exemplo, a admissão nas Grandes Escolas é bastante seletiva e, muitas vezes, acontece por meio de concurso após dois anos de aulas preparatórias, somado à análise de diplomas.
Em outras escolas e institutos especializados, onde são realizadas formações específicas (como jornalismo, design, gastronomia e hotelaria), o processo seletivo é feito via concurso ou análise do dossiê do aluno com entrevista. Ou seja, varia bastante!

Notas mínimas do ENEM para estudar na França

Ao contrário de Portugal, onde são amplamente divulgadas as tabelas de notas exigidas pelas universidades locais, não foi estabelecida uma nota mínima no ENEM para estudar na França.
Uma explicação é que o candidato deve ter sido já aprovado em uma universidade no Brasil em um curso correlato, o que significa que o nível do candidato está compatível com a formação desejada.
No geral, recomenda-se um mínimo de 650 pontos no ENEM na área específica e 650 pontos na redação para conseguir se candidatar à boa parte das vagas.

O ENEM deve ser de que ano?

A condição é que a documentação de aprovação em uma universidade brasileira (via SiSU ou o vestibular da instituição) seja datada dos últimos dois anos, no máximo.

Melhor usar o ENEM para estudar na França ou se candidatar diretamente na universidade?


Na verdade, o principal intermediário entre os estudantes brasileiros e as instituições francesas, em vários níveis de formação, é o Campus France. Ele facilita bastante o processo, com informações em português e materiais como o Guia do Candidato, com várias informações práticas.
Tanto na candidatura via Campus France como diretamente com a universidade, a aplicação normalmente inclui um dossiê eletrônico. Ele costuma reunir informações sobre histórico acadêmico e profissional, cartas de motivação e outros anexos – como comprovante de proficiência em francês e cartas de recomendação.
As aulas no sistema de ensino superior na França têm início, normalmente, em setembro. Entre sempre em contato com o responsável na universidade por e-mail para verificar os prazos, pré-requisitos, documentação exigida, condições de seleção e taxas. É uma forma de já estabelecer um contato com quem sabe, sua futura universidade!

Vale a pena estudar na França?

Todo tipo de mudança que venha a acrescentar algo nas nossas vidas, na minha opinião, é muito válido.
Morar em um outro país é uma enorme mudança, principalmente em um lugar onde é outra língua, outra cultura e outro sistema de ensino. Ter um diploma europeu abre muitas portas, e por isso, quem tem essa oportunidade não deveria deixar passar.
Não é fácil morar longe da família e dos amigos, alguns dias serão mais difíceis do que outros, alguns dias pensamos em desistir, mas no final, quando pegamos o nosso diploma, vemos que todos os sacrifícios que fizemos valeram a pena.

Se quiser saber mais sobre a França ou como estudar francês, entre em contato conosco hoje mesmo.

Sou a professora Sophie, nativa da França e tenho muito para compartilhar!

Te espero!

Até o próximo blog!

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